segunda-feira, 30 de abril de 2012

Faça uma pesquisa sobre a Filosofia Moderna e discorra sobre a mesma, destacando suas principais características


A filosofia da idade moderna nasceu graças aos trabalhos dos protagonistas do renascimento cultural e científico dos séculos XIV e XV entre eles Nicolau Copérnico, Leonardo da Vinci, e dos esforços de cientistas e pensadores como Galileu Galilei, Francis Bacon, René Descartes, e Emanuel Kant, nos séculos seguintes e tem entre suas características:
a) O Racionalismo cartesiano:
A filosofia moderna propriamente falando iniciou-se com a teoria do conhecimento do René Descartes. Conhecido como pai da filosofia moderna, parece que ele levou muito a sério as palavras do Leonardo Da Vinci que diz "Quem pouca pensa, muito erra."! Na Idade Média, na sociedade e na política a Palavra de Deus, considerada fonte única do conhecimento absoluto, foi interpretada pela igreja que dominava todos os aspectos da vida. O renascimento trouxe uma ênfase renovada no desenvolvimento científico e na capacidade humana e a necessidade de uma nova definição do ser humano e seu lugar no mundo. Ele declara que o homem, ser racional por natureza, tem a capacidade de alcançar o conhecimento e mais que isso, sua existência é definida pelo ato de pensar.   É uma doutrina que atribui à Razão humana a capacidade exclusiva de conhecer e de estabelecer a Verdade. Opõe-se ao empirismo, colocando a Razão independente da experiência sensível, ou seja, rejeita toda intervenção de sentimentos, somente a Razão.
b) O Empirismo baconiano:
Francis Bacon, John Locke, David Hume e outros pensadores contra posição aos racionalistas do continente europeu desenvolveram e propagavam o raciocínio experimental, ou seja, a teoria de que o único caminho pelo qual o homem pode chegar ao conhecimento é através da experiência sensível (empírica). O empirismo é uma doutrina filosófica que tem como principal teórico o inglês John Locke (1632-1704), que defende uma corrente a qual chamou de Tabula Rasa. Esta corrente afirma que as pessoas nada conhecem, como uma folha em branco. O conhecimento é limitado às experiências vivenciadas, e as aprendizagens se dão por meio de tentativas e erros. Segundo a teoria de Locke, a razão, tem a função de organizar os dados empíricos, apenas unir uns dados aos outros, que lhe chegam através da experiência.
c) A perfectibilidade.
Os precursores da filosofia moderna entre eles Leonardo da Vinci, Copérnico e Galileu acreditaram na perfectibilidade da natureza e defenderam a teoria da perfectibilidade da razão humana. Iniciou-se uma "busca por expressar, entender, explicar pela razão perfeita a natureza perfeita". A ciência renascentista entendeu que pelo fato que Deus criou a natureza é possível conhecer Deus através da natureza e, portanto, produzir conhecimento.


Bibliografia

ARANHA, Maria Lúcia Arruda – INTRODUÇÃO A FILOSOFIA – São Paulo: Moderna,1986.

A nova forma de pensar da Filosofia moderna culminou no racionalismo (René Decartes) e no Empirismo (Francis Bacon, John Locke, David Hume) e preparou, de certa forma, o caminho para o Criticismo Kantiano.

Descartes (Cartésio) pode considerar-se o fundador do racionalismo moderno e da moderna filosofia, especialmente pelo seu método crítico e subjetivo, dedutivo e matemático. Temos o racionalismo como corrente filosófica, que iniciou com a definição do raciocínio, que é a operação mental, discursiva e lógica, e o usa como uma ou mais proposições para extrair conclusões de verdade, falsa ou provável. O racionalismo nos dá a idéia de que o conhecimento sensível é enganador e a razão é a única fonte de conhecimento válido, pelo menos para Platão (que na antiguidade, deu inicio ao pensamento racionalista) e para Descartes (considerado o pai da modernidade), que acreditam que há idéias inatas.  Racionalismo é o ato de pensar, raciocinar, fazer uso da razão, que é uma das características que distingue o homem dos outros animais que lhes são inferiores na escala evolutiva. Também o definimos como a crença na razão e na evidência das demonstrações.                                                                  
O empirismo é substancialmente fenomenista, como o racionalismo. Mas todo o nosso conhecimento é reduzido não à razão, e sim aos sentidos; estes sentidos, porém, nos proporcionariam não a realidade, mas os fenômenos, as aparências subjetivas das coisas. Contrapondo-se às teses dos racionalistas, os filósofos empiristas defendem que todas as idéias humanas são provenientes dos sentidos (visão, audição, tato, paladar e olfato), o que significa que têm origem na experiência. A denominação empirismo vem do grego empeiria, que significa experiência. O filósofo John Locke (1632 - 1704) afirmava que "não há nada no intelecto humano que não tenha existido antes na experiência". O empirismo discordava da tese racionalista de que as idéias eram inatas e defendiam que a mente humana é, em seu nascimento, um papel em branco sem qualquer idéia. Para os empiristas, é a experiência que imprime as idéias no intelecto humano.
O criticismo representa a síntese especulativa do fenomenismo racionalista e empirista modernos, donde derivará o idealismo modermo e, em geral, o pensamento contemporâneo. O fundador do criticismo é Emanuel Kant, que vem a ser, portanto, o centro da filosofia moderna. A tendência filosófica que se afirma com Kant toma o nome de criticismo, porquanto tal tendência filosófica institui uma investigação preliminar a qualquer outra sobre a possibilidade da razão; constitui uma crítica radical da metafísica. A crítica kantiana tem início com a negação dos argumentos propostos pelos racionalistas e pelos empiristas acerca do conhecimento, nega que tudo o que pensamos vem de nós, da mesma forma que nega que tudo o que conhecemos venha dos sentidos. O filósofo diz que a disputa entre as correntes filosóficas é um "escândalo" que só pode ser superado pela crítica


Bibliografia
 
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 1986.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Analise do Pensamento Educacional de Platão e Aristóteles e sua influência ou não destes filósofos na Educação atual.

 Para Platão durante os primeiros dezoito anos da vida, o jovem dedicar-se-ia à Ginástica, à Música e à Literatura, aprenderia a ler, escrever, representar e cantar e tomaria parte em muitos esportes. Aos 18, os rapazes que se mostrassem capazes continuariam a receber instrução, ao passo que os demais cessariam os estudos e tornar-se-iam negociantes, mercadores, etc.
Platão procurava empregar a educação para a escolha de homens para os vários deveres de um grupo social. Em cada caso porém, procurava selecioná-los em termos de sua capacidade, segundo era descoberta pelo próprio sistema educacional. É evidente que Platão considerava a educação uma questão de interesse estatal. Devia ser sustentada e controlada pelo Estado, sendo sua função selecionar e preparar homens para nele servirem. Platão acreditava que, se o Estado adotasse tal sistema educacional, teria uma sociedade ideal, na qual todos se dedicariam ao trabalho para o qual fossem aptos e estivessem preparados, e a sociedade, assim, seria feliz.
Platão defendia que toda educação era de responsabilidade estatal .
Platão acreditava que a educação das pessoas, ou seja, a aquisição de conhecimentos, seria possível controlar certos instintos , como a ganância e a violência. Daí podemos refletir sobre a educação que a escola proporciona. É preciso educar o indivíduo para aumentar seus conhecimentos, mas é preciso que essa educação seja oferecida somada à valores éticos e morais, somente assim temos uma educação consistente. Platão foi o primeiro a pensar no ideal da escola pública. Segundo Ferrari (2006, p. 13), “Baseado na idéia de que os cidadãos que têm o espírito cultivado fortalecem o Estado e que os melhores entre eles serão os governantes, o filósofo defendia que toda educação era de responsabilidade estatal ”. Encontramos aí a origem da idéia da escola pública  que hoje é uma realidade, porém se distancia dos ideais defendidos por Platão.
Aristóteles, discípulo de Platão, inverteu as prioridades e defendeu o estudo das coisas reais como um meio de adquirir sabedoria e virtude. O sistema de ensino que ele preconizou era acessível a um número maior de pessoas.  Aristóteles afirmava que o objetivo da educação é fazer as pessoas virtuosas. Devia, portanto, haver três períodos de treinamento, adaptados aos três períodos do desenvolvimento do homem. O primeiro, que vai do nascimento aos sete anos de idade, seria inteiramente dedicado aos exercícios do corpo, como preparativos para o ensino escolar formal. O segundo seria o do ensino formal, indo dos sete aos vinte e um anos. Consistiria no ensino da Literatura, Música, Ginástica, etc.
Grande parte da obra que originou o legado aristotélico se desenvolveu em oposição à filosofia de Platão, seu mestre e fundador da Academia ateniense, que Aristóteles freqüentou durante duas décadas. Posteriormente, ele fundaria uma escola própria, o Liceu. Uma das duas grandes inovações do filósofo em relação ao antecessor foi negar a existência de um mundo supra-real, onde residiriam as idéias. Para Aristóteles, ao contrário, o mundo que percebemos é suficiente, e nele a perfeição está ao alcance de todos os homens. A oposição entre os dois filósofos gregos – ou entre a supremacia das idéias (idealismo) ou das coisas (realismo) – marcaria para sempre o pensamento o A segunda inovação de Aristóteles foi no campo da lógica. De acordo com o filósofo, determinar uma verdade comum a todos os componentes de um grupo de coisas é a condição para conceber um sistema teórico. Para a construção de tal conhecimento, Aristóteles não se satisfez com a dialética de Platão, segundo a qual o caminho para chegar à verdade era a depuração dos argumentos e pontos de vista por intermédio do diálogo.
O Estado, afirmava ele, deve empregar a educação para criar cidadãos que possam defendê-lo e torná-lo melhor.
De todos os grandes pensadores da Grécia antiga, Aristóteles foi o que mais influenciou a civilização ocidental. Até hoje o modo de pensar e produzir conhecimento deve muito ao filósofo. Foi ele o fundador da ciência que ficaria conhecida como lógica, e suas conclusões nessa área não tiveram contestação alguma até o século 17. Sua importância no campo da educação também é grande, mas de modo indireto. Poucos de seus textos específicos sobre o assunto chegaram a nossos dias. A contribuição de Aristóteles para o ensino está principalmente em escritos sobre outros temas.


sábado, 21 de abril de 2012

Conceito de Ontologia

Ontologia significa o conhecimento do ser, e é um termo de origem grega. Ontologia reproduz a natureza do ser, da existência dos entes, da realidade e das questões metafísicas em geral.
A ontologia é uma parte da filosofia, trata do ser concebido que tem uma natureza comum que é inerente a todos e a cada um dos seres. Para a ontologia, qualquer coisa que existe é percebida apenas como algo que é nada mais do que isso, por isso ela é fundamental para muitos ramos da filosofia.
Para Aristóteles, além das diversas ciências, que se interessam por partes do ser, isto é, que atentam para determinados aspectos da existência, na observação do mundo concreto e de suas circunstâncias contingentes e mutáveis, deveria haver uma abordagem do ser enquanto ser, isto é, do ser em geral, independentemente das situações em que as coisas ou seres particulares se apresentam. Essa filosofia primeira, que os filósofos de início chamaram "metafísica", constituiria, segundo Aristóteles, um saber universal, pois se interessaria pelas primeiras causas e princípios de tudo o que existe, ou por aquilo em que tudo pode adquirir existência.
Aranha, Maria Lúcia de Arruda                                                                                                     Filosofando: Introdução a Filosofia / Maia Lúcia de Arruda Aranha,Maria Helena Pires Martins – 4 ed – São Paulo; Moderna, 2009

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Mito, o que significa e representa no âmbito da Cultura Ocidental. Narrativa de um Mito.


A palavra grega mythos significa uma história fantástica, de origem anônima e coletiva, inventada para tentar explicar fenômenos naturais ou comportamentos existenciais, anteriormente ao avanço da filosofia e das ciências.
No entanto, o mito é o princípio fundante necessário para que se estabeleça o conhecimento. A atitude mítica é antes de tudo uma atitude de crença. Além de procurar uma explicação para a realidade, o mito também propõe apaziguar os temores do homem diante do mundo em que vive.
            O mito expressa, através do seu poder criativo, como as coisas passaram a existir, a sua origem. A sua finalidade é representar, por meio de uma linguagem simbólica, a realidade do mundo humano. Desprovido de qualquer caráter lógico e racional, o mito nem sempre possui sentido, ficando às vezes no plano da sugestão.
            Mitos são histórias tradicionais, quase sempre sobre deuses, heróis ou criaturas do mundo animal, que explicam por que o mundo é do jeito que é.           
            As respostas para as mais complicadas indagações da vida foram transmitidas de geração para geração, na forma de mitos. Em geral havia semelhanças entres as histórias contadas em sociedade marcadamente distintas, como nas Mitologias da Grécia Antiga e dos Nórdicos, nas quais aparecem temas universais como a vida após a morte e a origem do mundo.
            O pensamento mítico teve início na Grécia, do séc. XXI ao VI a.C. e nasceu do desejo de dominação do mundo, para afugentar o medo e a insegurança. A verdade do Mito não obedece à lógica nem da verdade baseada na experiência, nem da verdade científica.
Os gregos criaram vários mitos para poder passar mensagens para as pessoas e também com o objetivo de preservar a memória histórica de seu povo. Há três mil anos, não havia explicações científicas para grande parte dos fenômenos da natureza ou para os acontecimentos históricos.
Portanto, para buscar um significado para os fatos políticos, econômicos e sociais, os gregos criaram uma série de histórias, de origem imaginativa, que eram transmitidas, principalmente, através da literatura oral.
 Grande parte destas lendas e mitos chegou até os dias de hoje e são importantes fontes de informações para entendermos a história da civilização Grecia Antiga. São histórias riquíssimas em dados psicológicos, econômicos, materiais, artísticos,  políticos e culturais.


O Minotauro 
  
É um dos mitos mais conhecidos e já foi tema de filmes, desenhos animados, peças de teatro, jogos etc. Esse monstro tinha corpo de homem e cabeça de touro. Forte e feroz, habitava um labirinto na ilha de Creta. Alimentava-se de sete rapazes e sete moças gregas, que deveriam ser enviadas pelo rei Egeu ao Rei Minos, que os enviavam ao labirinto. Muitos gregos tentaram matar o minotauro, porém acabavam se perdendo no labirinto ou mortos pelo monstro.
Certo dia, o rei Egeu resolveu enviar para a ilha de Creta seu filho, Teseu, que deveria matar o minotauro. Teseu recebeu da filha do rei de Creta, Ariadne, um novelo de lã e uma espada. O herói entrou no labirinto, matou o Minotauro com um golpe de espada e saiu usando o fio de lã que havia marcado todo o caminho percorrido.

                        

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Diferença entre a "Filosofia" e "Filosofia de Vida"



                A palavra Filosofia é formada por duas palavras gregas, “filo” que quer dizer amor ou amizade e “sophia” que quer dizer sabedoria ou conhecimento. Filosofia portanto seria amor pelo conhecimento, pela sabedoria.É a investigação crítica e racional dos princípios fundamentais.
             Concluímos então que não precisa ser filósofo para adotar um “Filosofia de Vida”. Qualquer pessoa pode criar seu estilo de vida, sendo que a “filosofia de vida” possibilita ao homem se orientar no meio em que vive. Porem, por seu caráter espontânea, assistemático, ela não tem nada a ver com a filosofia enquanto sistema organizado de pensamento. A “Filosofia de Vida” também parte da realidade com o intuito de operar sobre ela: a realidade da vida.
            Filosofia de vida: São as idéias e pensamentos sobre política, economia, comportamento e a própria vida. O modo e as preferências da pessoa.   “Filosofia de Vida” é uma concepção de mundo que o homem acaba desenvolvendo para uso pessoal. Trata-se, portanto, da “Filosofia de cada indivíduo”, da maneira como cada um procede diante dos fatos vivenciados no cotidiano.