A
filosofia da idade moderna nasceu graças aos trabalhos dos protagonistas do
renascimento cultural e científico dos séculos XIV e XV entre eles Nicolau
Copérnico, Leonardo da Vinci, e dos esforços de cientistas e pensadores como
Galileu Galilei, Francis Bacon, René Descartes, e Emanuel Kant, nos séculos
seguintes e tem entre suas características:
a)
O Racionalismo cartesiano:
A
filosofia moderna propriamente falando iniciou-se com a teoria do conhecimento
do René Descartes. Conhecido como pai da filosofia moderna, parece que ele
levou muito a sério as palavras do Leonardo Da Vinci que diz "Quem pouca
pensa, muito erra."! Na Idade Média, na sociedade e na política a Palavra
de Deus, considerada fonte única do conhecimento absoluto, foi interpretada pela
igreja que dominava todos os aspectos da vida. O renascimento trouxe uma ênfase
renovada no desenvolvimento científico e na capacidade humana e a necessidade
de uma nova definição do ser humano e seu lugar no mundo. Ele declara que o
homem, ser racional por natureza, tem a capacidade de alcançar o conhecimento e
mais que isso, sua existência é definida pelo ato de pensar. É uma doutrina que atribui à
Razão humana a capacidade exclusiva de conhecer e de estabelecer a Verdade.
Opõe-se ao empirismo, colocando a Razão independente da experiência sensível,
ou seja, rejeita toda intervenção de sentimentos, somente a Razão.
b)
O Empirismo baconiano:
Francis
Bacon, John Locke, David Hume e outros pensadores contra posição aos
racionalistas do continente europeu desenvolveram e propagavam o raciocínio
experimental, ou seja, a teoria de que o único caminho pelo qual o homem pode
chegar ao conhecimento é através da experiência sensível (empírica). O empirismo
é uma doutrina filosófica que tem como principal teórico o inglês John Locke
(1632-1704), que defende uma corrente a qual chamou de Tabula Rasa. Esta
corrente afirma que as pessoas nada conhecem, como uma folha em branco. O
conhecimento é limitado às experiências vivenciadas, e as aprendizagens se dão
por meio de tentativas e erros. Segundo a teoria de Locke, a razão, tem a
função de organizar os dados empíricos, apenas unir uns dados aos outros, que
lhe chegam através da experiência.
c)
A perfectibilidade.
Os
precursores da filosofia moderna entre eles Leonardo da Vinci, Copérnico e
Galileu acreditaram na perfectibilidade da natureza e defenderam a teoria da
perfectibilidade da razão humana. Iniciou-se uma "busca por expressar,
entender, explicar pela razão perfeita a natureza perfeita". A ciência
renascentista entendeu que pelo fato que Deus criou a natureza é possível
conhecer Deus através da natureza e, portanto, produzir conhecimento.
Bibliografia
ARANHA,
Maria Lúcia Arruda – INTRODUÇÃO
A FILOSOFIA – São Paulo: Moderna,1986.