Descartes
(Cartésio) pode considerar-se o fundador do racionalismo moderno e da
moderna filosofia, especialmente pelo seu método crítico e subjetivo, dedutivo
e matemático. Temos o racionalismo como corrente filosófica, que iniciou com a
definição do raciocínio, que é a operação mental, discursiva e lógica, e o usa
como uma ou mais proposições para extrair conclusões de verdade, falsa ou
provável. O racionalismo nos dá a idéia de que o conhecimento sensível é
enganador e a razão é a única fonte de conhecimento válido, pelo menos para
Platão (que na antiguidade, deu inicio ao pensamento racionalista) e para
Descartes (considerado o pai da modernidade), que acreditam que há idéias
inatas. Racionalismo é o ato de pensar,
raciocinar, fazer uso da razão, que é uma das características que distingue o
homem dos outros animais que lhes são inferiores na escala evolutiva. Também o
definimos como a crença na razão e na evidência das demonstrações.
O empirismo
é substancialmente fenomenista, como o racionalismo. Mas todo o nosso
conhecimento é reduzido não à razão, e sim aos sentidos; estes sentidos, porém,
nos proporcionariam não a realidade, mas os fenômenos, as aparências subjetivas
das coisas. Contrapondo-se
às teses dos racionalistas, os filósofos empiristas defendem que todas as
idéias humanas são provenientes dos sentidos (visão, audição, tato, paladar e
olfato), o que significa que têm origem na experiência. A denominação empirismo
vem do grego empeiria, que significa experiência. O filósofo John Locke (1632 -
1704) afirmava que "não há nada no intelecto humano que não tenha existido
antes na experiência". O empirismo discordava da tese racionalista de que
as idéias eram inatas e defendiam que a mente humana é, em seu nascimento, um
papel em branco sem qualquer idéia. Para os empiristas, é a experiência que imprime
as idéias no intelecto humano.
O criticismo representa a
síntese especulativa do fenomenismo racionalista e empirista modernos, donde
derivará o idealismo modermo e, em geral, o pensamento contemporâneo. O
fundador do criticismo é Emanuel Kant, que vem a ser, portanto, o centro da filosofia
moderna. A tendência filosófica que se afirma com Kant toma o nome de
criticismo, porquanto tal tendência filosófica institui uma investigação
preliminar a qualquer outra sobre a possibilidade da razão; constitui uma
crítica radical da metafísica. A
crítica kantiana tem início com a negação dos argumentos propostos pelos
racionalistas e pelos empiristas acerca do conhecimento, nega que tudo o que
pensamos vem de nós, da mesma forma que nega que tudo o que conhecemos venha
dos sentidos. O filósofo diz que a disputa entre as correntes filosóficas é um
"escândalo" que só pode ser superado pela crítica
Bibliografia
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda;
MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à filosofia. São
Paulo: Moderna, 1986.
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ResponderExcluirOlá Orminda,
ResponderExcluirQuando analisamos o Racionalismo, o Empirismo e o Criticismo podemos observar que as contradições que cada linha de pensamento aponta é que fazem o papel da filosofia, ou seja, a busca constante pela verdade, pela essência. Quando aparece uma linha de pensamento diferente muitas "verdades" caem por terra. É a eterna busca ...
Boa noite Orminda, seu Blog está demais! Olha, concordo com a Helena: A Filosofia refaz as discussões constantemente, a dúvida é o preço de sua pureza, sendo por vezes volátil, permeada pelas contradições, medos e anseios humanos. Duvidar é preciso e filosofando podemos viver a eterna busca pelas respostas e novas perguntas. Abraço!
ResponderExcluirRúbio
Orminda,
ResponderExcluirSabemos que tanto o empirismo quanto o racionalismo acreditam que é possível construir um conhecimento certo e seguro. Entretanto, se ambos concordam nesse ponto, divergem em vários outros conforme verificado quando nos atemos a uma pesquisa mais profunda do assunto.
Abraços.